Tomate híbrido recém-lançado se destaca na tomaticultura pelos resultados no cultivo em tempo seco e colheita no período de chuvas

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Tomate híbrido recém-lançado se destaca na tomaticultura pelos resultados no cultivo em tempo seco e colheita no período de chuvas

Além de frutos firmes, alta produtividade e resistência a doenças, Tomate Ferrari ganha espaço entre os produtores de Minas Gerais pelo bom desempenho em épocas críticas


Maior resistência a diferentes doenças, alta produtividade e frutos uniformes, com uma coloração que chama a atenção de qualquer olhar. Essas são somente algumas das características e diferenciais do tomate Ferrari, uma das novidades da linha Topseed Premium – pertencente a Agristar do Brasil. O lançamento ocorreu durante a Hortitec deste ano.


O híbrido teve seus primeiros testes realizados em outubro de 2022, em Minas Gerais, e desde o início já mostrava seu potencial. Isso porque o fruto se formaria em um dos períodos mais críticos do cerrado mineiro, com extrema seca, baixa umidade do ar e altas temperaturas, e teria sua colheita junto às primeiras chuvas do mês de novembro.


“Geralmente, nesse período a maioria dos materiais apresenta muitas manchas (cracking) e rachaduras, porém a performance do tomate Ferrari foi diferente, tivemos frutos lisos, sem manchas. Outro ponto de destaque foi a alta tolerância que o material apresentou para a deficiência de cálcio, não observamos nenhuma planta no campo com esse problema”, explica o Especialista em Tomates e Pimentões da Agristar do Brasil, Thiago Teodoro.


Em relação a produtividade, ele conta que, com mil pés, atingiram cerca de mais de 550 caixas. Diante de resultados tão positivos, o especialista ganhou confiança para ampliar a área de testes e, de janeiro a junho desse ano, o triângulo mineiro obteve mais de 15 áreas de tomate Ferrari.


Outro diferencial é a alta tolerância para as viroses, sobretudo ao geminivírus que, entre janeiro e abril desse ano apresentou maior incidência no campo. “Fazendo um comparativo, observamos que híbridos sem a resistência na região tiveram uma contaminação em torno de 30% de geminivírus, enquanto nosso material não apresentou uma planta sequer”, diz.


A aceitação da cultivar tem crescido dentro das porteiras. Grande parte dos produtores que realizaram os testes já estão com áreas maiores, em busca de segurança, produtividade e qualidade.


“Eu e meus filhos gostamos muito do tomate Ferrari. ‘Carrega’ bem, a cor é boa e, nas vendas, também foi positivo. Mandamos para Uberlândia e São José do Rio Preto, e não tivemos problema nenhum em relação a qualidade dos frutos. Outra grande vantagem é que ele não dá virose. Os materiais de outras marcas que nós plantamos tiveram. Então, acredito que é bem promissor mesmo para o mercado”, compartilha o produtor José Márcio Pereira, de Araguari (MG), que planta tomate há 38 anos. Atualmente, ele toca a propriedade junto aos dois filhos, Marcos Paulo e Eduardo.


Ainda em Araguari, o produtor Valdomiro Cursino Vieira, da Fazenda Santo Antônio ressalta sobre o desempenho e aceitação da cultivar. “No primeiro teste com o Ferrari plantei 200 pés. Com resultados satisfatórios já nessa primeira fase, decidi aumentar a produção e, até o momento, já tenho 6 mil pés. A aceitação do meu comprador, comparando com o tomate de outra marca que tenho na fazenda, foi muito boa, e o padrão dos frutos, inclusive, aparentemente foi até melhor”.


E os bons frutos são colhidos, também, no estado de São Paulo. Com uma pequena propriedade na região de Itapeva, o produtor Gerson Alves de Almeida compartilha suas impressões. “Eu gostei muito do Ferrari. Algumas das principais características são os frutos graúdos, com peso e com uma maduração que surpreendeu. Inclusive recebi várias visitas de outros produtores, que vieram conhecer a variedade de perto”. Atualmente, Gerson possui 3 mil pés de Ferrari, sendo mil plantados diretamente no solo – processo que recebe o nome de pé-franco- e 2 mil enxertados.


“A cultivar realmente tem tido uma ótima aceitação na região. Dos feedbacks que recebo, além das questões de produtividade, boa qualidade e peso de fruto, os produtores também falam sobre a resistência oferecida, principalmente diante das épocas de chuvas que temos”, diz Ruan Felipy, Consultor Técnico da revendedora Natural Sudoeste Agronegócios, localizada em Taquarivaí (SP). Segundo ele, a produção média é de 300 a 350 caixas a cada mil pés.


O Especialista complementa dizendo que o sucesso do tomate Ferrari nas lavouras se deve “a um conjunto de características que foram trabalhadas durante o seu desenvolvimento para entregar ao produtor rural uma variedade  completa. Ele possui alta qualidade, com excelente produtividade, resistência às principais doenças foliares, às chuvas e ao transporte”.

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