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Adaptabilidade de abóbora híbrida da linha Superseed possibilita cultivo rentável aos produtores
A cultivar Furusato F1 pode ser plantada em todo o Brasil e oferece características como polpa espessa, maior produtividade e uniformidade de frutos
Originária das Américas, a abóbora é conhecida e cultivada em todos os continentes e largamente empregada no consumo humano, animal e na indústria. Vinda do cruzamento entre linhagens selecionadas de abóboras e morangas, a variedade japonesa (ou cabotiá) é uma das mais consumidas no Brasil – sendo uma boa opção rentável aos produtores.
De acordo com estudos realizados na Universidade Federal de Viçosa (MG), a liderança comercial da abóbora tipo tetsukabuto se deve pela sua maior rusticidade, por maiores níveis de produtividade, precocidade, uniformidade, textura, sabor e conservação pós-colheita superior à observada em cultivares de polinização aberta.
Nesse sentido, o plantio de abóbora Furusato F1, cultivar da linha Superseed da Agristar do Brasil, tem gerado resultados positivos dentro e fora da porteira. Além da produtividade e adaptabilidade, ela apresenta um visível padrão de frutos e uma notável espessura de polpa – o que garante peso de fruto, maior produtividade e, consequentemente, mais rentabilidade ao produtor.
“Dentro de um manejo bem executado, é possível obter de dois a três frutos por pé. A média nacional gira em torno de 15 toneladas por hectare, mas há possibilidade de atingirmos números ainda maiores”, conta o especialista em Cucurbitáceas da Agristar, Rafael Zamboni.
O pós-colheita também é um ponto forte da Furusato. “Devido a essa presença de polpa junto à rigidez de casca, temos uma excelente resistência e qualidade de frutos dentro de 30 a 40 dias depois da colheita”.
Visão do produtor
E todos esses diferenciais são notados no dia a dia de quem produz. É o que ocorre na cidade de Paracatu (MG), com o produtor Geraldo Severino Pinheiro, que cultiva a variedade há cerca de três anos e, atualmente, conta com aproximadamente 300 hectares de plantação. “A uniformidade dos frutos é algo que sempre chama a atenção. Outro ponto muito bom é o pegamento que ela oferece. Acredito que, inclusive, chega a ser superior em comparação a outras opções que tenho na propriedade”.
“Falando principalmente sobre o pós-colheita, devido à casca firme, ela oferece uma resistência bem notável e diferenciada. Além disso, mais uma característica que merece destaque é a folhagem robusta que se forma. Isso é muito positivo, porque oferece uma proteção maior aos frutos”, complementa.
Apesar da abóbora japonesa ter uma produção maior no estado de Minas Gerais, a Furusato mantém suas características e diferenciais no cultivo em todo o Brasil. “É possível produzir no país todo. A única diferença é que, em outras regiões, o consumo pode ser diferente, tendo em vista a preferência do mercado consumidor”, finaliza o especialista Rafael Zamboni.