Seca foi um dos vilões da inflação em 2014

Seca foi um dos vilões da inflação em 2014

Seca foi um dos vilões da inflação em 2014

19 janeiro de 2015

A seca provocada por um menor índice de chuvas no final de 2013 e ao longo do ano passado foi um dos grandes vilões da inflação oficial em 2014. Segundo a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, "a seca prejudicou tanto o abastecimento de energia quanto as lavouras".

Com um clima mais seco, a produtividade das lavouras cai e, consequentemente, há uma redução da oferta de alimentos no país e no mundo. Em 2014, por exemplo, os alimentos tiveram um aumento de preços de 8,03%.

O custo da seca também acaba tendo influência indireta em alguns produtos. As carnes, por exemplo, foram o item que mais influenciou a inflação, com uma alta de preços de 22,21%. Com menos chuva, o pasto é prejudicado e isso aumenta o custo para alimentar o rebanho.

A seca também impactou o custo da energia elétrica. A falta de chuvas esvaziou os reservatórios das usinas hidrelétricas. Com um menor potencial hidráulico, foi necessário produzir eletricidade a partir de usinas termelétricas, que é mais cara do que a energia produzida a partir da força da água.

Segundo Eulina Nunes dos Santos, as alterações climáticas vêm prejudicando a oferta de alimentos nos últimos anos. Em dez anos, a alta acumulada dos alimentos é de 99,73%, enquanto a inflação acumulada no período foi 69,34%. " A seca e às vezes a chuva em excesso têm prejudicado as lavouras não só no Brasil, como no mundo todo", disse.

Há, no entanto, outros fatores que têm contribuído para a inflação, como a alta do dólar e o aumento da exportação de produtos como a própria carne. O aumento da demanda gerado pelo crescimento do emprego e da renda também tem seu impacto nos preços.

Os alimentos fora de casa, por exemplo, ficaram 136,14% mais caros em dez anos. "As pessoas procuram mais a refeição fora de casa. Há ainda o aumento do custo dos estabelecimentos, com aumento dos alimentos, do aluguel e dos salários. Os custos fazem com que esses preços aumentem", disse.

Outros itens com alta de preços acima da média, nos últimos dez anos, foram o aluguel residencial (100,49%) e o empregado doméstico (181,89%).

 Fonte: Agência Brasil


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