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Com irrigação artesanal e de baixo custo, Semiárido tem novos produtores

3 agosto de 2018
O agricultor cearense José Francisco de Araújo, 53 anos, sempre teve dificuldade para plantar alimentos no seu sítio. A 32 quilômetros da cidade de Iguatu, a área em que sempre morou e herdou do pai sofria com um problema muito comum na região: a falta de água.
Há três anos, uma mudança enorme ocorreu. O que antes era uma área praticamente improdutiva se tornou uma plantação de 80 metros quadrados. Nela, José Francisco colhe cebola, acerola, macaxeira, pimentão, abobrinha e quiabo, entre outros produtos.
O que tornou isso possível foi a chegada de um projeto batizado de Mudas, um método de irrigação, desenvolvido por Kevin Brasil, empreendedor, técnico em agronomia que mora em Iguatu. "Começamos com um piloto para três famílias. Constatamos que o sistema funcionava, então passamos a atender oito famílias. Hoje, 25 usam o sistema, além de cinco escolas da cidade, que alimentam os alunos com a produção das hortas", explica.
Kevin conta que desenvolveu o Mudas para que a água na região fosse usada sem desperdício, mas atento ao custo para o produtor. Um valor acessível era crucial para a ideia dar certo. Segundo Kevin, o custo médio de implantação do sistema que desenvolveu, de R$ 8,07, é 95% mais barato que o custo de sistemas similares encontrados no mercado.
O sistema inclui uso de mangueiras, com pequenos furos, onde são encaixados micro-aspersores totalmente artesanais. Eles são feitos com palitos de pirulito, pregos e arames e funcionam como pulverizadores: ao chegar na cabeça do prego, a água se dispersa em gotículas.
Além do sistema de irrigação em si, um sensor de umidade do solo também faz parte do sistema. Na realidade, são dois sensores que atuam juntos: um a 10 centímetros e outro a 20 centímetros de profundidade, separados por uma distância de 5 centímetros. "É fácil de manejar. Eu só irrigo quando a plantação realmente precisa de água", explica o agricultor José Francisco.
O sistema, segundo ele, mudou a vida da família. "Antes, eu não tinha orientação nem ajuda. Agora, além da alimentação, eu ainda vendo parte da produção. Minha renda mensal aumentou cerca de R$ 500,00".
Kevin tem planos para aumentar a rede do projeto. Já há um projeto piloto em atividade no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, e um projeto para expansão em outras comunidades cearenses. "Ao gerar renda, o sistema reflete na qualidade de vida da família dos agricultores. Isso é muito importante", diz o empreendedor.
Fonte: Globo Rural