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Dia Internacional das Mulheres: a importância da mulher no campo

8 março de 2023
Trabalhar no campo tradicionalmente é uma tarefa associada ao
gênero masculino, o que, por muito tempo, acabou negligenciando a história e a
importância das mulheres rurais. Porém, esse histórico vem se modificando nos
últimos anos, com cada vez mais mulheres trabalhando com atividades
relacionadas ao campo, sejam elas produtoras, viveiristas, engenheiras
agrônomas, gerentes ou proprietárias de empresas.
De acordo com estudo realizado pela parceria entre Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Embrapa e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente um milhão de mulheres à frente de propriedades do agronegócio no Brasil, sendo responsáveis pela administração de mais de 30 milhões de hectares de área rural no total.
Dados da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA) apontam que um terço das propriedades rurais brasileiras possui mulheres em funções de gerenciamento e tomada de liderança. 94% das pessoas entrevistadas consideram a participação feminina no agro "vital" e "muito importante".
Já uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio indica que 57% das mulheres do campo participam ativamente de sindicatos e associações rurais. Todas essas informações indicam que elas ocupam todas as áreas do agronegócio, seja em funções administrativas, técnicas ou que exijam força.
Como forma de homenagear toda as integrantes femininas do campo, a Agristar do Brasil conversou com mulheres muito especiais para entender a participação delas no campo e como elas enxergam o trabalho feminino nesse setor. Confira abaixo:
Karen Leite, agrônoma e gerente da distribuidora Agromaia, em Piedade (SP), nasceu e cresceu em meio ao campo, com a agricultura familiar. Mulher e com 28 anos de idade, ela conta sobre os principais desafios dentro do segmento. "Infelizmente ainda há muito preconceito dos homens e até mesmo de outras mulheres, principalmente quando descobrem que a agrônoma responsável e gerente da empresa é uma figura feminina e jovem. É nítido que muitos deles não depositam confiança no meu trabalho devido a esses fatores."
Apesar de muito se falar que os homens estão predominantemente à frente da agricultura, Karen ressalta que, na sua percepção do dia a dia, a realidade é um pouco diferente. "Principalmente quando se fala de agricultura familiar, o que eu vejo aqui é que em toda propriedade tem uma mulher à frente. É uma esposa que cuida dos viveiros ou está gerenciando, fazendo os pagamentos, cotações e pedidos, por exemplo. Para realizar os pagamentos. Mas, apesar dessa mudança, hoje, a ‘palavra final’ ainda costuma ser dos homens", diz.
Esse novo cenário que vem se construindo também é notado por Paula Ramos, produtora em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. "Apesar de ser um processo gradativo, a gente consegue perceber o aumento da mão de obra e liderança feminina. Hoje, vejo muitas mulheres aqui dirigindo tratores, caminhões, vendendo e negociando suas mercadorias na CEASA, entre outras atividades", destaca.
E para continuar fazendo parte dessa força feminina nas diferentes áreas da cadeia produtiva Paula conta, emocionada, que sua maior inspiração é sua mãe, de 92 anos. "Ela teve uma história muito difícil, de muita luta e força trabalhando na roça. É realmente uma guerreira, uma referência para mim."
Já em Itapecerica da Serra, São Paulo, a Cia. Das Folhas, empresa que produz hortaliças hidropônicas para o mercado atacadista, teve um aumento no número de colaboradoras mulheres. "Recentemente, fiz um levantamento dos últimos anos, e constatei que nosso quadro de mulheres subiu de aproximadamente 24% para 34%. Então, é perceptível que, aos poucos, temos conquistado mais espaço dentro do setor", diz Camila Kuramoto, produtora e proprietária da companhia.
Essas mudanças também refletem no meio acadêmico. Isabela Martins, engenheira agrônoma e consultora técnica de vendas na Praxedes Minas, em Sete Lagoas (MG), se graduou em 2016 e conta que a turma era bem dividida entre homens e mulheres. "Então a gente já consegue notar esse aumento da presença feminina nos cursos. E o preconceito também tem diminuído, porque os homens já vêm percebendo que nós estamos nos inserindo cada vez mais na área. Eles inclusive brincam, dizendo que as mulheres vão dominar o mundo."
"No dia a dia o cenário é o mesmo. Às vezes, ainda lido com o certo preconceito de alguns produtores, mas somente nos primeiros contatos. Depois, eles começam a ganhar confiança e reconhecem os diferenciais que nós mulheres naturalmente temos no trabalho, como um olhar detalhista e a forma de lidar com mais respeito, carinho e acolhimento", destaca a agrônoma.
Thais Copola, agrônoma, produtora e proprietária da Taii Mudas, em Biritiba Mirim (SP), reforça esse ponto. "Eu sinto que é um diferencial na minha empresa, sentir que sou ‘mãezona’ de todo mundo, sempre conversando, acolhendo, priorizando essas trocas e experiências humanas", explica.
Mas, ressalta que, mesmo diante de tantas transformações significativas, ainda há muito trabalho pela frente quando o assunto é o protagonismo das mulheres no setor. "Eu falo que a gente não precisa só fazer, temos que estar provando a todo momento. Na história do meu negócio, por exemplo, em diversos momentos tentaram atrelar o sucesso unicamente aos homens que participaram dos processos. Sem contar que, por um bom tempo, cheguei a me ‘masculinizar’ para ganhar espaço. Mas, hoje, minha empresa é reconhecida pela organização, qualidade e o tratamento humanizado."
Para finalizar, Thais traz uma mensagem a todas as mulheres que desejam entrar para o ramo ou que já atuam nele. "Vai com medo mesmo, com as resistências externas, porque o que faz a gente se destacar é justamente aquilo que tememos. Afinal, foi o que aconteceu comigo e o que acontece com milhares de outras profissionais."