Como controlar a traça das crucíferas
“A traça das crucíferas (Plutella xylostella) é o principal inseto praga das brássicas em áreas tropicais no mundo, devido ao seu ciclo biológico curto e alto potencial reprodutivo. Seu ciclo de vida é muito influenciado pela temperatura, podendo haver até 15 gerações por ano. A 15º C o ciclo se completa em 28 dias, ao passo que a 35º C o mesmo se reduz para 11 dias. No Brasil, a presença desta praga tem sido constatada durante todo o ano. Os danos causados depreciam o produto, interferem no crescimento da planta e provocam até mesmo sua morte ou perda total. Algumas das dificuldades observadas para seu controle se devem às áreas de cultivo coexistirem durante o ano todo com plantas de idades diferentes, proporcionando à praga suprimento abundante e contínuo de alimento. Diversos inseticidas químicos como princípios ativos têm sido usados contra a traça das crucíferas. Entretanto, o uso contínuo e indiscriminado desses agrotóxicos tem selecionado populações resistentes, obrigando os produtores a aplicarem doses cada vez mais elevadas, tornando o controle da praga cada vez menos eficiente.Diante da dificuldade de controle ocasionada pela resistência, alternativas têm sido buscadas por meio de métodos biológicos, como o Bacillus thuringiensis produzidos comercialmente para esta finalidade para o controle de pragas. Outra linha de pesquisa são os parasitóides como Diadegma insulare e Microplitis plutellae. Mas como não existe um método totalmente eficaz, tanto químico como biológico ou cultural, a maneira mais racional de controlar esta praga é a combinação de todos eles, buscando rotacionar o plantio de brássicas com culturas não hospedeiras; eliminar os restos de plantas o mais rápido possível; promover o equilíbrio nutricional das plantas para reduzir suscetibilidade; e combinar e rotacionar os princípios ativos dos inseticidas indicados para a cultura com inseticidas biológicos ou insetos predadores”.