Dicas

O Begomovírus, também conhecido como Geminivírus, é uma das principais viroses do tomateiro, com predomínio das espécies Tomato severe rugose vírus (ToSRV), Tomato mottle leaf curl vírus (ToMLCV) e Tomato golden vein vírus (TGVV). No Brasil foi a partir dos anos 90 que o Geminivírus causou grandes problemas e transtornos para a cultura. Ele é transmitido pela mosca branca Bemisia tabaci biótipo B, um tipo de mosca polífaga e altamente eficiente na colonização da cultura do tomate. Os seus sintomas são conhecidos como mosaico dourado, bem típico como: Clorese internerval, deformações, redução do tamanho foliar e dependendo do nível de infestação pode paralisar o crescimento da planta (nanismo).
Já o Crinivírus, é uma nova virose na cultura do tomateiro, conhecida como vírus da clorose ou amarelão e foi relatada recentemente no Brasil. A espécie identificada é Tomato chlorosis vírus (ToCV), que também é transmitida pelas moscas brancas Bemisia tabaci Biótipo A e B, Trialeurodes abutilonea e Trialeurodes vaporariorum. Os sintomas típicos são clorose generalizada, iniciando pelas folhas baixeiras, sendo muito comum ser confundida no início por deficiência de Magnésio. Porém esta clorose evolui para toda a planta com um aspecto de amarelão generalizado, por isso o nome ‘amarelão do tomateiro’.
O vírus do gênero do Crinivírus está em plena expansão no Brasil, não existindo variedades resistentes até o momento, pois é um vírus que ainda pouco se conhece, principalmente sobre o seu exato nível de dano econômico e toda a sua epidemiologia.
Devemos ficar atentos para que estes dois tipos de vírus não sejam confundidos em campo. Os principais órgãos governamentais já estão estudando esta nova virose e em pouco tempo teremos mais informações disponíveis para melhor identificação em campo e implementar métodos eficientes para seu controle.